Desreguladores endócrinos.
são uma gama de substâncias químicas que interferem no sistema hormonal, alterando a forma natural de comunicação do sistema endócrino, causando distúrbios na vida selvagem e também na saúde do próprio homem. Alimentos industrializados, comidas e bebidas.
O endócrino sistema é responsável pela produção de hormônios que regulam as mais diversas atividades fisiológicas do organismo.
Alimentos e bebidas enlatadas
Bebidas em garrafas plásticas e copos plásticos
Aquecer sacos e recipientes de plásticos em micro-ondas
Alimentos e bebidas quentes em embalagens plásticas
Derivados de soja em excesso
Papel filme pvc, no armazenamento de alimentos.
Os desreguladores hormonais, também conhecidos como disruptores endócrinos, são substâncias químicas que estão presentes no meio ambiente e possuem propriedades suscetíveis a desequilibrar o sistema endócrinode um organismo humano. Diversos disruptores endócrinos são conhecidos. A maioria é produzida pela indústria, fazendo com que o ser humano entre em contato diário com eles, por meio da contaminação de produtos, alimentos, da poluição do ar ou até da água.
Primeiro precisamos entender como os disruptores endócrinos atuam:
– Podem antagonizar hormônios ligando-se com receptores celulares, bloqueando a ligação de hormônios em seus receptores. Assim, a sinalização hormonal passa a não ser eficiente, podendo ocorrer falhas de metabolização e/ou falhas de resposta hormonal.
O uso em larga escala dos disruptores endócrinos é uma preocupação para os órgãos públicos de saúde, principalmente após a proibição do químico Bisfenol A (BPA) em mamadeiras nos EUA devido a pesquisas apontando que a exposição ao BPA poderia alterar as funções cerebrais e o comportamento de recém-nascidos e do feto ainda no útero. Devido à importância do tema, a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) lançou a campanha “Diga não ao Bisfenol A, a vida não tem plano B“ contra o uso do BPA.
De fato, o BPA, encontrado em plásticos e resinas pode possuir potencial para alterar o sistema endócrino, modificando o sistema hormonal do organismo, gerando prejuízos irreversíveis ao indivíduo, entre eles: – Obesidade:O estudo de Trasande et al publicado na JAMA em 2012 (fator de impacto: 35.0) mostra uma quantidade de BPA maior na urina de crianças obesas.
– Hipogonadismo: O estudo de Abdel-Maksoud et al publicado em 2015 no Journal da Endocrine Society sugere que o BPA possa interferir no processo de produção hormonal testicular de adultos devido à diminuição da expressão do LH e FSH.
– Câncer: O estudo de Faulk et al publicado em 2015 sugere que o BPA possa favorecer a hipermetilação do DNA e estaria relacionado ao aparecimento de doenças como o câncer, por exemplo. Ainda, outro estudo in-vitro de Calderon-Gierszal et al publicado também em 2015 no Plos One mostra que células tronco prostáticas humanas são suscetíveis e se modificam com a exposição ao BPA.